A escola humanizada permite a criança viver a fantasia e os impulsos de brincar que ela traz de forma latente. Respeitar a infância é valorizar a vida, apostando numa humanidade mais feliz. É instintivo da criança buscar os elementos da própria natureza para sua ludicidade: brincar com água, areia, mexer na terra… Isto é vital para uma vida feliz.
Esta interação concreta, palpável que a criança tenta fazer com o cosmo e que o mundo adulto está sempre a esbarrá-la – a começar por sua própria família que lhe grita constantemente que a terra é suja e que a chuva vai adoecê-la – faz estagnar a pesquisa e a curiosidade dentro dela. A escola é contraditória. A pior das contradições é impedir a leitura do mundo que a criança precisa fazer por ela mesma. Afinal, é nele que ele veio viver. Colocar-lhe nas mãos livros e tarefas tão incoerentes com a sua idade quanto a própria escola é fabricar gerações de pessoas infelizes.
A escola humanizada tem que trabalhar na contra-mão: respeitar o direito natural que todo mundo tem de ser criança durante a infância, não ser precocemente adultizado. Esta escola prova para as famílias que a procuram que as crianças podem, sim, ser inteligentes, capazes e felizes: serem crianças de verdade e, como resultado, adultos plenamente realizados.