A Feira de Conhecimento deste ano, realizada na manhã da quinta-feira, 11 de outubro, proporcionou aos alunos um verdadeiro mergulho em nossa africanidade, encerrando, assim, a Semana da Criança 2012.

Durante todo o mês de setembro, todas as turmas se envolveram em pesquisas relacionadas ao continente africano, sua cultura e a sua relação com o Brasil. Música, culinária, danças e animais foram temas pesquisados para então se transformarem em peças de cenário, figurino e instalações da Feira.

Um espetáculo de cores e ritmos foi apresentado a cada visita às salas. Na Educação Infantil, o Maternal realizou vivências de pintura e experiências com as cores de bandeiras africanas e da brasileira. O Jardim I apresentou algumas comidas típicas com influência da culinária africana, onde todos puderam degustar. “Adorei fazer espetinho de frutas e depois comer!”, revelou Maria Anice, do 1º Ano, falando sobre sua visita à turma do Jardim I.  Enquanto isso, o Jardim II montou uma savana dentro da sala, com direito a uma audição dentro de uma cabana para descoberta de sons de animais da floresta.

No Ensino Fundamental, o 1º Ano discutiu – através da vegetação – a história do Brasil, colocando o Pau-Brasil em destaque e fazendo um paralelo com o Baobá, como símbolo da África. As crianças montaram um herbário e realizaram uma pesquisa sobre as plantas a partir do jardim da escola. No dia da Feira foi também apresentado um pequeno vídeo feito com as crianças em ação durante a pesquisa.

O 2° Ano realizou uma viagem pelos símbolos de Angola através da dança, vestimentas, arte, jogos, etc. Uma pequena exposição de esculturas, bandeiras e roupas com símbolos africanos foi realizada no hall de entrada da sala. Já o 3º Ano apresentou os animais da savana e das florestas tropicais da África. Os alunos construíram animais de papel e de material reciclável, bem como livros sobre os animais pesquisados.

O 4º Ano revelou um pouco dos cenários da época da escravidão no Brasil, demonstrando a casa grande, a senzala e o engenho, fazendo uma relação com a obra do autor paraibano José Lins do Rêgo. Lucas, um dos alunos que apresentou a obra do autor de Menino do engenho, se impressionou com a vida do escritor: “Achei muito interessante descobrir sua origem e saber que os professores pensavam que ele era burro porque ele não sabia ler, mas ai ele virou escritor!”, exclama.

Finalmente, o 5º Ano escolheu o tema transversal da Inclusão, sensibilizando os visitantes sobre os grupos que geralmente sofrem exclusão, sejam negros, pessoas com deficiências ou com características físicas específicas. Marina, uma das alunas que apresentou o tema, fala sobre o que aprendeu: “Aprendi que inclusão é aceitar a pessoa do jeito como ela é, e incluí-la nas atividades”. Para a professora Fernanda, o estudo do tema tem a intenção de fazer os alunos terem uma visão mais geral em relação ao tema. “Muita gente pensa que a inclusão é só em relação ao portador de deficiência, mas não é somente isso. O objetivo dela é inserir as pessoas que também já sofreram com a exclusão para evitar que possam ter problemas maiores. O bulling, por exemplo, é um aspecto da exclusão e a inclusão é uma forma de trabalhar contra isso”, explica.

A escolha do tema Africanidade fez uma ponte direta com o espetáculo que encerrará as atividades do ano letivo. Trazer o espetáculo para a Feira de Conhecimento tem o objetivo de fazer com que os alunos se aprofundarem no tema. Segundo a coordenadora pedagógica Tutu Carvalho, a ideia é “fazer com que os alunos corporifiquem o espetáculo de uma forma vivencial até que ele fique pronto, de modo que este resultado, ao longo do processo, tenha se construído de foram leve, divertida, livre, com pesquisas e muita alegria”, concluiu.

De criança para criança

 A Feira funcionou em rodízio e as crianças tiveram a oportunidade de conhecer os temas a partir da visão dos alunos, através da fala, da exposição nas salas e das vivências em cada espaço.